terça-feira, 12 de maio de 2009

Blurry Eyes...


Enquanto tudo parece ruir, eu continuo em pé. "Se bem que com pés desse tamanho é difícil pelo menos se desequilibrar!" Enquanto todos ao meu redor procuram algo e parecem abalados pela falta de algo,eu continuo aqui, firme, forte e de cara amarrada. "Não, estar de cara amarrada é o meu normal!"

Estranho. Eu olho para uma multidão de gente no ônibus. "Impressionante como pode caber tanta gente num ônibus nesses horários de Pico!" Essas pessoas estão próximas a mim, "algumas próximas até demais", mas apenas fisicamente falando. Enquanto nessa realidade a distância que nos separa seja ínfima em relação ao tamanho da própria realidade, nossas mentes e pensamentos estão tão distantes quanto qualquer coisa está de Deus.

"Que frio!"

Passo por uma farmácia conhecida. "Ainda estamos aqui?" Penso naquelas velhas discussões sobre a existência, de onde surgimos, para onde vamos, qual o sentido da vida e como de costume termina na seguinte frase: "O que vou fazer depois que souber de tudo isso?" e começo a achar que pensar nessas coisas nada mais é que perda de tempo!

"Um vento frio entra pela janela."

Vocês se lembram daquele desenho animado que falava dum ônibus, e o povo viajava pra tudo quanto era lugar? Acho que finalmente descobri de onde veio a inspiração. Em uma dessas viagens de ônibus onde o pensamento é a única coisa que pode nos salvar do tédio avassalador. Talvez ele desejasse que suas próprias viagens no ônibus fossem tão interessantes. "E agora?... Vou pensar no que?... No próximo post!" Ultimamente têm sido assim. É nas viagens de ônibus que eu penso no que escrever. Apesar de mudar pelo menos metade do texto enquanto escrevo de verdade. "Por que você escreve aquilo mesmo?" Num sei, eu gosto de escrever. Deve existir gente que goste de ler o que os outros pensam. E geralmente eu num tou fazendo nada mesmo! "Parece que essa viagem não termina!"

"Gotas de chuva começam a cair!"

Já estou perto de descer. Olho para o lado, está chovendo. "Ôu droga" Palhaçada. Mas tudo bem, ainda não está forte. Olho pro outro lado. "Ôu Droga [2]" é só pensar! Sim, a chuva aumentou.

Desço do ônibus chovendo. Minha cara fica ainda mais amarrada. Começo a subir as escadas de acesso a faculdade. Um sorriso tímido aparece na escadaria. Meu olhos levam um tempo pra reconhecer. Ali está minha querida. Um pequeno sorriso, simples, mas naquele momento me pareceu uma luz no fim do túnel.

Como se eu tivesse chegado ao fim daquele dia apenas para receber um abraço bem apertado, e dizer simplesmente: "Te Amo!"

3 comentários:

Mamotromico disse...

lol tá admitindo a cegueira?

e eu aqui morrendo pela garganta, tristeza.

Ankuro Heartless disse...

E quando foi que eu neguei a Cegueira? Cara-de-fuinha!

Mas tudo bem, e a lepra passou do pescoço pra garganta?

Black Sagres disse...

LAS PLAGAS!!!!!!